quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Crise nuclear envolvendo o Irã


O programa nuclear iraniano é observado com suspeita em boa parte do mundo. O Irã afirma, no entanto, que quer somente garantir seus direitos no contexto do Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares. Os países ocidentais, sobretudo, não acreditam nas declarações das lideranças iranianas que sempre reiteram sua intenção pacífica, já que o programa serviria apenas a objetivos energéticos civis.
A opinião pública mundial tomou consciência do programa atômico iraniano em 2002. Foi quando a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), com sede em Viena, foi informada pelos serviços secretos de alguns Estados que Teerã estaria trabalhando no enriquecimento autônomo de urânio. De fato, um ano mais tarde, encontraram-se vestígios de urânio enriquecido nas instalações atômicas de Natanz.
À notícia de que a República Islâmica do Irã teria escondido por 18 anos seu programa nuclear, a comunidade internacional abriu os ouvidos, e exigiu negociações imediatas. Enquanto os reformistas ainda estiveram no poder em Teerã, isso foi tarefa fácil. A eleição de Mahmud Ahmadinejad, em meados de 2005, trouxe consigo uma mudança. Pois o radical presidente não cedeu, e enfatizou repetidamente: "Só aceitamos o nosso direito no contexto do Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares, nada mais e nada menos".
Essa frase caracteriza o discurso iraniano até hoje. Pois, em seu artigo quarto, o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares, que a República Islâmica do Irã ratificou – ao contrário do Paquistão, Índia e Israel – garante o direito inalienável a todos os signatários do tratado de "desenvolverem a pesquisa, a produção e a utilização da energia nuclear para fins pacíficos".

Resoluções da ONU

No início de 2006, o Irã conseguiu até dominar o ciclo completo do combustível nuclear e produzir urânio com um nível de enriquecimento de 3,5%. Isso é suficiente para a geração de energia, mas não para a produção de armas nucelares. Naquele momento, o Irã dispunha de 164 centrífugas. Hoje, diz-se que o país já possui 8 mil. Em setembro de 2009, Teerã admitiu estar construindo uma segunda usina de enriquecimento de urânio próximo à cidade de Qom, onde ainda não teria sido instalada, até agora, nenhuma centrífuga.
O Conselho de Segurança da ONU já aprovou, até o momento, quatro resoluções contra o programa nuclear iraniano, as quais Teerã ignorou. O programa nuclear é endossado pela grande maioria dos iranianos, e visto como uma questão de prestígio nacional.

O Conselho de Segurança ordenou que o Irã pare o enriquecimento

a tecnologia usada para enriquecer urânio a um nível baixo necessário para a energia nuclear também pode ser usado para enriquecê-lo para o maior nível necessário para uma explosão nuclear.Há temores de que o Irã está, pelo menos, adquirir o know-how para que um dia ele tem a opção de ir para uma bomba. O Irã escondeu um programa de enriquecimento por 18 anos, pelo que o Conselho diz que até as intenções pacíficas do Irã pode ser plenamente estabelecida, deve interromper o enriquecimento e outras atividades nucleares. A ordem do Conselho é obrigatória e substitui outros direitos.
O conselho de Segurança quer que o Irã pare todas as atividades de enriquecimento, incluindo a preparação de minério de urânio, a instalação das centrífugas em que um gás a partir do minério é girado para separar as partes mais ricas, e a inserção do gás nas centrífugas. Também tem de suspender os seus trabalhos em projetos de água pesada, nomeadamente a construção de um reator de água pesada. Tal reator poderia produzir plutônio, uma alternativa ao urânio para um dispositivo nuclear.Ele também instou o Irão a ratificar e implementar um protocolo adicional que permite inspeções mais extensas, como forma de estabelecer confiança.
O Irã está sob controle, embora não sob as mais rigorosas regras de permissão porque não vai concordar com eles. Apenas os Estados signatários com armas nucleares na época do tratado em 1968, estão autorizados a enriquecer com o nível muito mais alto necessário para uma arma nuclear.
O Irã diz que está fazendo simplesmente o que é permitido fazer ao abrigo do Tratado e pretende apenas enriquecer ao nível necessário para o combustível nas centrais elétricas ou outros fins pacíficos. Ele culpa as resoluções do Conselho de Segurança sobre a pressão política de os EUA e seus aliados. Alega que precisa de energia nuclear e quer controlar todo o processo em si.

                                     Irã desenvolveu secretamente instalações nucleares.



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